O deputado federal Fernando Mineiro (PT) fez declarações contundentes sobre o envolvimento do senador Rogério Marinho (PL) no escândalo de fraudes do INSS, que teria começado em 2019, período em que Marinho era secretário especial da Previdência Social no governo Bolsonaro. Para Mineiro, é fundamental que as investigações avancem e apurem possíveis responsabilidades do senador no esquema.
Segundo o parlamentar, as investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelaram um esquema bilionário de desvio de recursos destinados a aposentados, e é inevitável que se investigue o papel de Marinho na época em que estava à frente da Previdência. “Certamente as investigações apontarão as responsabilidades de quem esteve envolvido”, afirmou Mineiro.
Além disso, o deputado criticou a falta de ações do governo Bolsonaro para conter as fraudes, mesmo havendo, segundo ele, indícios de que a gestão tinha conhecimento do esquema. “O governo passado, a despeito de notícias de que tinha conhecimento dos fatos, não tomou nenhuma providência para impedir esse roubo”, acusou.
Mineiro destacou que o governo do presidente Lula tem atuado para desmantelar o esquema e garantir que os responsáveis sejam punidos. No entanto, reforçou que só as investigações dirão quem são os verdadeiros culpados.
O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o escândalo já reúne mais de 180 assinaturas na Câmara dos Deputados, mas enfrenta resistência do PT. A base governista defende que as investigações sejam conduzidas apenas pela Polícia Federal e pela CGU, evitando o que consideram um “palco político” da oposição.
As declarações de Mineiro aumentam a pressão sobre Marinho e reforçam o debate sobre a necessidade de ampliar as investigações para esclarecer o caso.
