Diretor cultural Henrique Fontes lança seu primeira livro solo: Dramaturgia de Desejo

A obra contém três peças sobre desejo e amor homoerótico. O lançamento será no dia 28, às 20h, de forma online, em parceria com Pandêmica Coletivo Temporário de Criação.

Vencedor do Prêmio Shell de Melhor Dramaturgia pela peça A Invenção do Nordeste, do Grupo Carmin, o ator e dramaturgo Henrique Fontes lança seu primeiro livro solo: Dramaturgia do Desejo – 3 peças de amar. Politizando o tema da sexualidade e trazendo questões individuais de sujeitos LGBTQIA+, Fontes une em sua obra três peças, sendo duas inéditas, sobre desejo e amor homoerótico: A Mar Aberto (2008), Eu e Vc (2019) e The Andy (2020). O livro tem patrocínio da Lei emergencial Aldir Blanc do Governo Federal, através do edital da Fundação José Augusto, Governo do RN.

O lançamento acontecerá no próximo dia 28, data escolhida por ser o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, às 20h, no canal do YouTube do Pandêmica Coletivo (youtube.com/PandemicaColetivoTemporario). Para participar é necessária a retirada de ingressos na plataforma sympla (https://www.sympla.com.br/lancamento-e-pre-venda-de-dramaturgia-do-desejo-3-pecas-de-amar__1252100). O evento contará com leituras dramáticas de trechos das peças, feitas pelos atores Doc Câmara, Juracy Oliveira e Maurício Lima, seguido de um bate-papo com o autor, mediado pelo ator Mateus Cardoso.

Para Henrique, a junção dessas três obras teatrais em uma mesma publicação tem a potência de traçar, através da dramaturgia, um panorama de enfrentamentos da comunidade LGBTQIA+ brasileira. “Essa população tem sido alvo diário de ataques, assassinatos e todo tipo de discriminação no Brasil contemporâneo. Vem adoecendo e, assim como o restante da população mundial, tem dificuldade em amar e viver plenamente seus desejo”, afirma.

A capa do livro é ilustrada pela aquarela “Atracar”, do artista potiguar Daniel Torres, e é inspirada na peça A Mar Aberto, que abre o livro. O texto tem influência direta na obra “Grande Sertão-Veredas”, e faz uso de neologismos típicos da obra de Guimarães Rosa, transcriando um conflito de desejo de um pescador de 60 anos por um jovem estudante de 19. Já em Eu e Vc, conhecemos Georges e Henfil, dois atores de classe média que discordam politicamente, mas vivem um amor intenso, em meio ao caos das eleições de 2018 e a nova escalada dos casos de Aids no Brasil. A terceira e última peça que compõe o livro, escrita durante a pandemia, conta a história de um homem gay de 50 anos, que nunca conseguiu viver o amor e sua sexualidade de maneira plena, e escolhe um quarto de hotel para tirar sua própria vida, mas é tomado por uma coragem e antes de completar o ato declara seu amor pelo jovem André.

“Desde 2018, frente à escalada de declarações homofóbicas dos próprios líderes políticos, o processo de adoecimento mental e desamor tem impactado as vidas dessa população de Norte a Sul. Essas peças são um instrumento para manter essas questões em evidência e em debate. Com estilos que vão desde uma obra épica regionalista até uma auto-ficção de marca intimista, uma vez publicadas, podem ser distribuídas por vários lugares do Brasil e, quem sabe, ganharem montagens ou leituras dramáticas envolvendo jovens e adultos, para além do teatro”, finaliza.

Serviço:
Lançamento e Pré-Venda: DRAMATURGIA DO DESEJO: 3 PEÇAS DE AMAR
Quando: 28.06.21 às 20h
Evento Gratuito.
Livro retirado em Natal: R$25,00
Livro entregue para todo o Brasil: R$35,00.
Arte da Capa: Obra “Atracar” de @danieltorresartes

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