Convênio assinado nesta quinta-feira (13) entre o governo do estado e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi analisado pelo diretor do SENAI-RN, Rodrigo Mello, como “um marco para estruturação da cadeia produtiva do hidrogênio verde no estado”. A iniciativa, por meio da qual a Universidade vai realizar estudos para embasar a criação de um Programa Estadual voltado ao chamado “combustível do futuro”, foi avaliada pelo diretor como um passo importante para que atividades na área nasçam efetivamente e deslanchem.
“O mundo todo tem discutido muito o assunto hidrogênio e o Brasil e o Rio Grande do Norte são reconhecidos com grande potencial na área, o que abre perspectivas para novos investimentos, empregos e exportações de energia também”, disse, durante a cerimônia de assinatura do contrato entre o governo e a UFRN, na sede do governo.
Representando o Sistema FIERN – que engloba Federação das Indústrias do Estado, SESI, IEL e SENAI – Mello destacou que “a Federação das Indústrias vem acompanhando de perto o movimento do Hidrogênio Verde e atuando de forma direta na área, por meio do SENAI, onde pesquisas relacionadas à produção de hidrogênio de forma sustentável são realizadas há 20 anos e estudos ligados às energias renováveis também vêm avançando há mais de uma década”.
O diretor disse, durante discurso, que o mundo inteiro tem discutido o assunto hidrogênio. Ele ressaltou que “o Rio Grande do Norte é o maior produtor de energia eólica em terra no Brasil, que tem um potencial muito grande para a nova fronteira da geração de energia eólica offshore, no mar, e consequentemente se destaca como um dos principais pontos do país para futura produção de hidrogênio verde” .
O estado também é sede da principal referência do SENAI no Brasil em pesquisa aplicada, desenvolvimento e inovação para energia eólica, solar e sustentabilidade – o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) – assim como do CTGAS-ER, do SENAI-RN, centro de excelência para iniciativas que estão em curso, em parceria com a Alemanha, para formação de profissionais que irão atuar na cadeia produtiva do Hidrogênio Verde.
“A expectativa da Federação das Indústrias é que o estado se torne um dos principais atores na indústria do hidrogênio, então a avaliação que fazemos é de que o passo que está sendo dado hoje é uma iniciativa louvável que vem a somar ao nosso ecossistema de energia, em um momento em que enxergamos essa cadeia industrial potencial e em que entendemos que o ambiente de pesquisa precisa evoluir, no Brasil inteiro – e que a soma de novos atores tão competentes quanto a Universidade faz toda a diferença”, acrescentou.