Diretoria da Federação e presidentes de colônias apresentam demandas da pesca artesanal no RN

A governadora Fátima Bezerra recebeu ontem (07) a diretoria da Federação de Pescadores do Rio Grande do Norte (Fepern) e presidentes de colônia de pescadores para reforçar o diálogo e as parcerias na execução de ações voltadas para o setor, entre elas o Marco Regulatório da Pesca e Aquicultura Familiar, que será implementado em breve e o peixamento de reservatórios públicos com espécies nativas, como a Curimatã, o Piau e o Branquinha.

Além disso, o Governo vai distribuir mais de 4 mil kits de pesca que estão sendo adquiridos com recursos oriundos de emendas parlamentares da deputada Natália Bonavides e do senador Jean-Paul Prates e também do Governo do Estado. Os kits serão distribuídos para pescadores artesanais de 32 municípios potiguares.

No encontro, a governadora citou a inserção do pescado na alimentação escolar da rede pública de ensino em todo o Estado como uma das medidas que estão sendo adotadas para ampliar o mercado da pesca artesanal e aquicultura familiar do RN. “O nosso governo é um aliado da luta de vocês. No ano passado, investimos R$ 15 milhões no Pecafes – Programa Estadual de Compras Governamentais da Agricultura Familiar e Economia Solidária – e estamos trabalhando para que os produtos também façam parte do cardápio dos hospitais da rede estadual e dos restaurantes populares”, disse Fátima, que estava acompanhada da deputada federal Natália Bonavides e da assessora especial do Gabinete Civil do Governo do RN, Laíssa Costa.

O subsecretário estadual da Pesca e Aquicultura, David Soares de Souza, informou que até o final do ano serão entregues as unidades de beneficiamento do pescado de Jucurutu (Vale do Açu), Campo Grande (Médio Oeste) e Pureza (Mato Grande), que vão se juntar às de Canguaretama (Litoral Sul) e Pureza (Mato Grande), já em funcionamento. O governo também está buscando financiamento para construir a sexta unidade em Porto do Mangue. “O SISBI-POA do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn) já tem equivalência com o SIF. Com isso, o peixe processado no Rio Grande do Norte pode ser vendido no Brasil inteiro”, lembrou.

“O resultado do encontro superou nossas expectativas. É um governo que sempre nos atende muito bem”, destacou o presidente da Federação dos Pescadores, José Francisco dos Santos. Ele disse que uma das preocupações dos pescadores diz respeito à preservação das espécies nativas. “O desaparecimento delas, além de prejuízo para os pescadores, seria muito ruim para o meio ambiente.” Dedé, como é conhecido, disse que a produção de pescado deste ano teve queda de 60% em função da seca e da pandemia. No Rio Grande do Norte, 35 mil pescadores, reunidos em 76 colônias, estão cadastrados na Fepern. A primeira colônia fundada no RN foi a Z1, localizada em Caiçara do Norte. Ela tem atualmente a maior frota de barco de pesca artesanal do estado.

Outra demanda apresentada pelos pescadores foi a dragagem de reservatórios públicos na área de atuação das colônias. “Estamos mapeando isso. Sentamos com eles para identificar quais açudes, barragens e rios podem ter intervenção de desassoreamento. Em relação ao marco legal da pesca, o Rio Grande do Norte nunca teve um, mas vai ter agora no governo da professora Fátima Bezerra”, explicou David Soares.

Também participaram da reunião: secretário adjunto da Sape, Marcelo Júnior; técnico da Sape, Chico Dino; as presidentes de colônias de pescadores Rosângela Silva, Ana Maria Sales e Jadeir Regina e Alexandre Ferreira, que é do conselho fiscal da Federação e presidente da colônia de Pitangui.