Existe uma instituição do Estado brasileiro que operou no extremo oposto ao negacionismo do Planalto da pandemia de Covid-19: o Exército. Aplicou amplamente testes de contágio, implementou regras de distanciamento e impôs o uso de equipamentos de proteção. O resultado foi que a taxa de letalidade pela doença na Arma foi de 0,17%, contra 2,6% da população em geral. E esse foi um dos motivos para o comandante Edson Pujol ser trocado.
Divergir do governo virou um risco para funcionários públicos, mesmo concursados, protegidos pela estabilidade. Levantamento mostrou pelo menos 650 casos de profissionais perseguidos ou vítimas de assédio moral por motivos ideológicos nos últimos dois anos.