Nem sempre damos conta de fazer tudo o que queremos em 24 horas, mas num passado remoto da Terra isso seria bem mais difícil. No meio do período Proterozoico, cada dia durava apenas 19 horas. Pesquisadores apresentaram esse fato curioso em um estudo publicado nesta segunda-feira (12) na revista Nature Geoscience. Segundo a pesquisa, os dias continuaram com uma duração menor por 1 bilhão de anos.
Para chegar a essa estimativa, os cientistas utilizaram cicloestratigrafia, método geológico que usa camadas sedimentares para detectar os chamados “ciclos de Milankovitch”. Esses ciclos astronômicos refletem como as mudanças na órbita e rotação da Terra afetam o clima. Nas últimas décadas, os pesquisadores mediavam a duração do dia antigo por meio de registros de rochas sedimentares especiais em planícies de lama de maré: bastava contar o número de camadas por mês causadas pelas flutuações das marés.
Fonte: Revista Galileu