O prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), voltou a aconselhar, na última quarta-feira, 20, a população para usar a Ivermectina como forma de prevenção à Covid-19. Álvaro Dias foi questionado pelo repórter se iria tomar a vacina ou não. Segundo o prefeito, “Eu vou tomar, mas eu também não tenho pressa de tomar a vacina porque eu tomo a Ivermectina. E aproveito, aqui, a oportunidade para aconselhar toda a população, quem não tiver acesso a vacina, continue tomando a Ivermectina de 15 em 15 dias na dosagem recomendada, que estará devidamente protegido contra o Coronavírus. Então, enquanto a vacina não chega, continuar usando a Ivermectina”, disse.
O USO DA IVERMECTINA
O medicamento surgiu no contexto da pandemia de covid-19 em abril de 2020. Na ocasião, cientistas da Universidade de Melbourne, na Austrália, realizaram testes in vitro – ou seja, em laboratório – para estudar os efeitos da ivermectina no novo coronavírus. Naqueles testes, a substância foi efetiva contra o vírus. Porém, a realidade do laboratório é diferente da realidade cotidiana e logo constatou-se que, para que o medicamento fosse efetivo em um paciente de covid-19, a dose necessária seria 17 vezes maior do que a máxima diária permitida, o que tornaria a ivermectina, na prática, um veneno. Entre os efeitos colaterais da ivermectina estão tontura, vertigem, tremor, febre, dores abdominais, dores de cabeça, coceira e queda brusca na pressão sanguínea.
Segundo reportagem do jornal Tribuna do Norte, o medicamento adotado pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS Natal) para auxiliar no tratamento à Covid-19, estava, em 2020, se esgotando rapidamente nas farmácias e drogarias de Natal. Nas maiores redes droguistas, a medicação teve variação de 100% no preço de uma caixa, pela qual é cobrado de R$ 20 a R$ 40.