O secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde (Saps), Felipe Proenço, concedeu entrevistas para veículos regionais, nesta quinta-feira (18), para falar dos avanços do Programa Mais Médicos e da reestruturação da atenção primária em todo o país. Ele conversou com rádios do Pará, Paraná e Santa Catarina e contou sobre os desafios de expandir as políticas públicas após o desmonte da saúde na gestão anterior.
“O Mais Médicos foi descaracterizado. Nós começamos o ano de 2023, quando a ministra Nísia assumiu, com mais de 4 mil equipes de saúde da família sem médicos. Nesse sentido, é gratificante saber que hoje preenchemos essa lacuna”, afirmou. “Hoje, 60% dos profissionais dos municípios mais vulneráveis do país são do programa e é por isso que a gente precisa avançar para enfrentar as desigualdades, fortalecer o Sistema Único de Saúde e, principalmente, cuidar da população brasileira”, pontuou Proenço.
O novo edital do programa teve recorde de adesões, com 33 mil inscrições para concorrer às mais de 3,1 mil vagas. Como novidade, serão ofertadas vagas afirmativas, no regime de cotas, para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais como negros, quilombolas e indígenas. Mais de 10,6 milhões de brasileiros serão beneficiados.
Desde 2023, com a retomada do Mais Médicos, o governo federal implementou melhorias no modelo do programa, onde os profissionais contam com oportunidades de especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito do SUS.
Em conversa com a Rádio Liberal, do Pará, o secretário detalhou que, na atual gestão, o número de médicos do programa praticamente triplicou no estado: “No final de 2022, haviam 638 profissionais ativos. Agora, são 1.373. Com o novo edital, a expectativa é que cheguem mais 195 médicos nos municípios paraenses”, informou.