A poucos dias do segundo turno das eleições, paira sobre todos nós uma dúvida inquietante: podemos confiar nas pesquisas de opinião? Para mim, isso se tornou um meme, do tipo “Que show da Xuxa é esse?”. Focando especificamente nas pesquisas em Natal, o meme poderia ser dividido entre expectativa e realidade. Expectativa: se pesquisas realmente ganhassem eleições, Carlos Eduardo teria sido eleito no primeiro turno. Realidade: Carlos Eduardo não conseguiu nem ir para o segundo turno.
Recentemente, em um grupo de WhatsApp de ex-alunos da ETFRN (hoje conhecido como IFRN), um amigo fez uma afirmação com a qual concordei: “Quando alguém diz que a pesquisa ‘X’ acertou, eu sempre lembro que até relógio quebrado marca a hora certa duas vezes.”
Meu sábio colega do curso de Edificações, da turma 93.1, também soltou essa: “Não confio em pesquisas. Deve haver uma em que Carlos Eduardo vença o segundo turno.” Cai na gargalhada e, por fim, concordamos que as pesquisas no atual sistema eleitoral brasileiro funcionam como ferramentas de marketing eleitoral, e seus resultados podem ser manipulados conforme quem as contrata e paga. Portanto, talvez fosse melhor proibir a divulgação delas, restringindo seu uso ao consumo interno dos partidos, a fim de proteger o voto livre em nosso regime democrático e evitar tanta manipulação e desinformação. É sobre isso, e não está tudo bem. Aliás, a situação não está nada boa do jeito que está.