Um sinal de alerta se acendeu após socos, facadas, arma de fogo e até uma granada surgirem em escolas nos últimos dias. Pesquisadores da área de educação temem que a série de episódios violentos com estudantes esteja ligada aos efeitos da pandemia previstos por especialistas.
“Depois do sofrimento causado pela Covid-19, não adianta fingir que nada aconteceu. Esses alunos estão voltando para a escola mais irritados, agressivos, com mais dificuldade nas habilidades sociais. A escola precisa de um plano de acolhida e espaço de diálogo para trabalhar essas questões em âmbito coletivo. Relações on-line não são a mesma coisa”, receita Telma Vinha, professora da Unicamp especialista em convivência e clima escolar.
Na semana passada, apenas em Brasília, uma jovem apontou uma arma na cabeça de uma aluna na saída da escola, um grupo de estudantes foi flagrado brigando na porta do colégio e uma adolescente de 14 foi esfaqueada em uma aula. Em Belo Horizonte, um menino de 13 anos levou uma granada para uma escola particular. No estado de São Paulo, um vídeo flagrou uma briga generalizada entre estudantes numa rua de Guarulhos e uma diretora foi esfaqueada por um aluno em Caraguatatuba. Em uma escola na Zona Leste da capital, um aluno de 13 anos esfaqueou uma colega.
Fonte: Jornal O Globo