O Rio Grande do Norte vive, desde o início do mês de dezembro de 2021, a realização de um sonho que parecia distante aos olhos dos artistas, produtores culturais e sociedade potiguar. A entrega de equipamentos culturais na cidade de Natal, capital do estado, feita pelo Governo da professora Fátima Bezerra (PT-RN), comprovou que a esperança não pode se sobrepor ao pessimismo e às críticas negativas. Foram anos de espera pela entrega dos prédios que dão ao natalense, ao povo do RN e, consequentemente, aos turistas, oportunidades de conhecer e reconectar-se à história local e cultural.
No último dia 4 de dezembro, os potiguares receberam a entrega da Pinacoteca do Estado, localizada na Cidade Alta, em Natal. A banda local “Luísa e os Alquimistas” e a banda pernambucana “Cordel do Fogo Encantado”, foram algumas das atrações. O Palácio Potengi, edifício histórico concluído em 1873, administrado pelo governo estadual, por meio da Fundação José Augusto (FJA), foi recuperado com recursos de R$ 6,4 milhões, viabilizados com empréstimo do Banco Mundial ao Governo Cidadão e Secretaria Estadual de Turismo (Setur).
Já no dia 14 de dezembro, o Governo do RN reinaugurou a Biblioteca Câmara Cascudo, localizada no bairro de Petrópolis, zona leste de Natal. Após 9 anos, um dos mais importantes equipamentos educativos e culturais da história do estado, a biblioteca tem acervo estimado em cerca de cem mil títulos, entre livros, revistas e publicações, além de vídeos, CDs, fitas VHS e uma ampla hemeroteca. A atual gestão, da governadora Fátima, investiu R$ 520 mil em obras complementares para reabrir o equipamento cultural. Administrada pelo Governo do Estado, através da Fundação José Augusto (FJA), a BECC já havia passado por uma reforma estrutural no governo anterior, mas sem as atuais obras complementares não havia como colocá-la em operação. Os serviços foram necessários para dar condições de funcionamento com a implementação da climatização, da acessibilidade e aparelhagem de prevenção e combate a incêndio, além de uma subestação de energia.
Na última sexta-feira, 17, o Governo entregou o Teatro Alberto Maranhão. Depois de seis anos fechado, a reabertura do prédio centenário aconteceu com um espetáculo direcionado estritamente aos trabalhadores das obras e seus familiares. Para a grande maioria dos trabalhadores, foi a primeira vez que frequentaram um teatro. Além da sessão especial para os operários que atuaram nas obras do prédio, antes da abertura oficial para o público, foi realizada uma solenidade oficial no sábado (18), com a presença de autoridades e convidados. O primeiro evento aberto ao público ocorreu no domingo (19) e segue com uma programação gratuita até o dia 23 de dezembro.
Outro equipamento histórico aguardado pela população e pelo turista que vem a Natal, é o Forte dos Reis Magos, que será reaberto ao público no próximo sábado, 25, dia de sua fundação no ano de 1599. O investimento na edificação somou R$ 4,7 milhões em recursos estaduais, viabilizados pelo Projeto Governo Cidadão junto ao empréstimo com o Banco Mundial, em parceria com a Secretaria Estadual de Turismo (Setur) e a Fundação José Augusto (FJA). A fiscalização foi feita pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo a governadora Fátima, “Este é um prédio importantíssimo para a memória da nossa capital e para o lazer do natalense. Para o turismo, então, é um espaço essencial que voltará a atrair viajantes ao nosso estado.”, disse.
Na pandemia constatamos, o que confesso sem modéstia (eu já sabia), a arte salva o mundo. Ela me salvou muitas vezes. A pergunta é: quem salva a arte? Principalmente quando ela depende necessariamente de acontecer enquanto política pública de políticas públicas. Na contramão do que acontece com o Governo Federal, ao desmontar toda a política de incentivo cultural do país, o governo da professora Fátima Bezerra tem, não só buscado ampliar esses incentivos, como também resgatar muito do tudo que perdemos nos equipamentos sucateados e fechados por tanto tempo. É preciso reconhecer e principalmente agradecer.
