As mudanças climáticas provocadas pelo homem favorecem claramente a propagação e o surto de doenças infecciosas. É o que aponta um estudo da Universidade do Havaí publicado na segunda-feira (08/08) na revista científica Nature Climate Change. “Foi realmente assustador ver que as emissões de gases de efeito estufa são uma ameaça muito grande à saúde”, afirma Camilo Mora, professor da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade do Havaí e principal autor do estudo.
Ao avaliar mais de 800 artigos científicos, os pesquisadores descobriram que 58% das doenças infecciosas analisadas foram agravadas pelas mudanças climáticas. E uma conexão pôde ser comprovada em mais de 3 mil casos individuais. Segundo o estudo, das 375 doenças analisadas, 160 podem ser agravadas pelo calor, 121 pelas inundações, 71 pelas tempestades, 81 pela seca e 43 pelo aquecimento dos oceanos.
“Dadas as extensas e generalizadas consequências da pandemia de covid-19, foi verdadeiramente assustador descobrir a enorme vulnerabilidade sanitária resultante das emissões de gases de efeito estufa”, acrescenta Mora.
Fonte: DW Brasil