Criar um gato solto não é a melhor escolha para a saúde do felino, que fica exposto a doenças e a perigos como predadores e risco de atropelamento. Além disso, os gatos domésticos (Felis catus) de vida livre caçam sem controle e têm gerado impacto na biodiversidade global.
É o que aponta um estudo publicado nesta terça-feira (12) na revista Nature Communications. A pesquisa, coliderada por Chris Lepczyk e Jean Fantle-Lepczyk, professores da Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, baseou-se em mais de 150 anos de dados provenientes de centenas de estudos de todo o mundo.
“Os gatos são predadores generalistas responsáveis por declínios significativos na população e pela extinção de várias espécies”, afirma Lepczyk. “Assim, queríamos desenvolver a imagem mais completa possível de todas as espécies que eles afetam por meio da predação e da busca por alimentos.”
Os pesquisadores afirmam que os gatos de vida livre não comem apenas animais considerados pragas, como os ratos. Na verdade, eles se alimentam de vários mamíferos, aves, répteis, anfíbios e insetos.
Ao todo, foram documentadas mais de 2 mil espécies consumidas por esses felinos — incluindo 9% de todas as aves e 6% de todos os mamíferos do mundo. Entre as espécies observadas, quase 17% são reconhecidas como estando em situação de “conservação preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Fonte: Revista Galileu