Uma dupla de cientistas do Japão detectou um mundo do tamanho da Terra que pode ser o verdadeiro responsável por perturbações antes atribuídas ao “Planeta Nove”, um astro há muito tempo teorizado. A hipótese foi registrada em 25 de agosto no periódico The Astrophysical Journal.
O Planeta Nove seria um mundo nas extremidades exteriores do Sistema Solar, que se esconde muito além de Netuno. Acreditava-se até agora que os efeitos gravitacionais desse planeta poderiam explicar o agrupamento enigmático dos objetos transnetunianos (TNOs, na sigla em inglês), descobertos anteriormente nos confins do nosso sistema.
Mas, segundo o novo estudo, os comportamentos curiosos atribuídos ao Planeta Nove são, na verdade, de um mundo mais próximo, localizado no Cinturão de Kuiper, em uma órbita inclinada. “Prevemos a existência de um planeta semelhante à Terra e de vários objetos transnetunianos em órbitas peculiares no sistema solar exterior, que podem servir como assinaturas testáveis por observação das supostas perturbações do planeta”, escrevem no artigo os autores Patryk Sofia Lykawka, da Universidade Kindai, e Takashi Ito, do Observatório Astronômico Nacional do Japão.
Segundo os cientistas planetários, o mundo do tamanho da Terra, congelado e escuro, não teria mais do que três vezes a massa do nosso planeta, e estaria de 250 até 500 unidades astronômicas (UA) de distância do Sol (considere que 1 UA equivale a cerca de 150 milhões de quilômetros). Em comparação, o suposto Planeta Nove teria cerca de 6,3 vezes a massa da Terra e orbitaria a uma distância superior a 460 UA, segundo o site Science Alert.
A teoria sobre esse novo planeta sendo culpado pelo agrupamento misterioso dos TNOs foi apresentada em 2016 pelos astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, Mike Brown e Konstantin Batygin.
Pesquisas anteriores sugeriram que os objetos no Cinturão de Kuiper são asteroides, rochas espaciais, cometas e outros pequenos pedaços de material, provavelmente feitos de gelo, de acordo com o site Phys.
Fonte: Revista GALILEU