EUA decidem que príncipe saudita é imune em caso Khashoggi

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, determinou que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, tem imunidade legal em uma ação em que é acusado de envolvimento no assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018. O posicionamento marca uma mudança radical de tom em relação às críticas de Biden ao príncipe saudita antes de assumir a Casa Branca. Em certo momento em 2018, o democrata chegou a dizer que faria de Mohammed bin Salman um “pária”.

Nesta quinta-feira (17/11), o governo Biden disse que a posição oficial do príncipe, que é o governante de fato da Arábia Saudita e foi recentemente nomeado primeiro-ministro, deveria protegê-lo contra o processo movido pela noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, e pelo grupo de direitos humanos que ele fundou, Democracy for the Arab World Now. A ação legal tem como alvo Mohammed bin Salman, seus principais assessores e outras pessoas pelo suposto papel do grupo no assassinato do jornalista do Washington Post. Khashoggi foi morto em outubro de 2018 por agentes sauditas no consulado saudita em Istambul. Acredita-se que ele tenha sido desmembrado, mas seus restos mortais nunca foram encontrados.