Autoridades europeias investigam nesta terça-feira (27) a causa de vazamentos de gás registrados nos gasodutos Nord Stream na região do Mar Báltico, perto da Dinamarca e Suécia. Construídos pela Rússia, os dutos levam gás russo até a Alemanha.
Operados por um consórcio, no qual a gigante russa Gazprom é majoritária, os gasodutos estão no centro das tensões geopolíticas dos últimos meses, que eclodiram com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Até o ano passado, Moscou era o principal fornecedor de gás para a Europa, mas desde então vem cortando o envio em possível retaliação às sanções ocidentais aplicadas ao país devido à guerra.
O primeiro vazamento foi identificado no Nord Stream 2 por autoridades dinamarquesas neste domingo, que destacaram o perigo desta situação para a navegação marítima. Embora esteja pronto, esse gasoduto não foi colocado em funcionamento. Com o reconhecimento por parte de Moscou das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, o governo alemão suspendeu o processo de certificação da instalação. O Nord Stream 2, porém, foi cheio e deve se manter assim por causa da pressão.
A agência de energia dinamarquesa afirmou, em comunicado, que a autoridade marítima do país emitiu um aviso à navegação e determinou uma zona de interdição de cinco milhas náuticas em torno do gasoduto devido a riscos de incêndios. A marinha dinamarquesa decretou, além disso, a proibição dos voos, em uma área de um quilômetro. Há receios de que a fuga venha a provocar nos próximos dias o esvaziamento do gasoduto, que está com 177 milhões de metros cúbicos de gás.
Fonte: DW Brasil