Ex-assessor da Saúde diz que intenção era negociar doses de vacinas para o mercado privado

O ex-assessor do Ministério da Saúde Marcelo Blanco disse nesta quarta-feira (4) à CPI da Covid que a intenção dele ao entrar em contato com intermediadores de vacina era negociar doses para o mercado privado. O nome de Blanco entrou na mira da CPI depois que o policial militar Luiz Dominghetti, que se dizia intermediador de vacinas, relatou pedido de propina feito pelo então diretor de Logística do Ministerio

Blanco, que é militar, entrou na mira da comissão após ter participado de jantar no qual teria havido um pedido de propina de US$ 1 em troca da aquisição de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca. Ele era subordinado no Ministério da Saúde a Roberto Ferreira Dias, suposto autor do pedido de propina.

“O meu intuito em relação ao senhor Dominghetti se restringia ao desenvolvimento de um possível mercado de vacinas para o seguimento privado, assunto que estava em discussão pela sociedade civil por meio de interesse de grandes grupos econômicos brasileiros”, afirmou Blanco à CPI.