Fechar tampa do vaso sanitário não nos protege contra vírus, conclui estudo

Você costuma fechar a tampa do vaso sanitário antes de dar descarga? Pois saiba que esse hábito pode não impedir que vírus se espalhem pelo banheiro. Um novo estudo mostra que, mesmo com o vaso fechado, partículas virais podem sair da bacia. A pesquisa publicada no último dia 24 de janeiro no American Journal of Infection Control (AJIC) afirma que a única maneira de reduzir as partículas virais é desinfetando a privada, a água do vaso e as superfícies próximas.

A força da descarga cria uma nuvem de aerossol que pode se deslocar a mais de 1,5 metro de distância, espalhando patógenos para o chão, paredes, pias e outras superfícies próximas em um banheiro, segundo os cientistas.

Pesquisas anteriores haviam indicado que fechar a tampa do vaso podia reduzir a propagação de bactérias – no entanto, o novo estudo sugere que o mesmo não se aplica para os vírus, que tendem a ser muito menores. Os cientistas descobriram isso por meio de experimentos com um vírus não patogênico para humanos (incapaz de causar doenças).

Os cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e da empresa de pesquisa Reckitt Benckise contaminaram vasos sanitários com diferentes doses do vírus não patogênico, deram descarga e depois coletaram amostras da água das privadas, assim como de superfícies delas, do chão e paredes. Depois, os pesquisadores limparam os vasos com desinfetante e coletaram amostras da escova da privada e de seu suporte para uma outra análise.

O estudo incluiu vasos sanitários domésticos e públicos. O impacto do fechamento da tampa só pôde ser estudado no ambiente doméstico, uma vez que vasos sanitários públicos nos Estados Unidos geralmente não têm tampas.

No contexto doméstico, seja com a tampa aberta ou fechada, os pesquisadores não encontraram diferença estatística na quantidade de vírus coletada nas superfícies do vaso sanitário ou no piso em torno dele. Independente da posição da tampa, a contaminação das paredes foi mínima, enquanto a do assento foi a mais alta. Padrões semelhantes de contaminação foram observados com o vaso sanitário público.

Fonte: Revista GALILEU