A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e o SENAI-RN dão largada, neste fim de semana, à primeira missão internacional para conferir a operação efetiva de parques eólicos offshore – instalados no mar – e prospectar potenciais oportunidades de negócios para o estado ligadas à atividade. O foco da viagem é o Reino Unido, país líder do setor na Europa. O embarque ocorre em 28 de abril. A programação vai até 6 de maio.
Participam representantes do Serviço Social da Indústria (SESI-RN), do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (SEBRAE-RN) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), além de empresas potiguares que atuam em segmentos como construção civil, montagem de torres eólicas, engenharia, telecomunicações, consultoria em meio ambiente, alimentos e bebidas, portos, logística, transporte e apoio marítimo.
A Missão ocorre em um momento em que investimentos na área já são realidade na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, e que, em território brasileiro, começam a despontar no horizonte também como oportunidades.
Há, no Brasil, a intensificação de estudos e um processo de regulamentação em curso para início da implantação dos primeiros complexos eólicos no mar. Cerca de 74 empreendimentos previstos para a costa estão, atualmente, à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A maior parte da potência está concentrada no Nordeste.
O presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, destaca o protagonismo e o potencial do Rio Grande do Norte nesse contexto. “O Rio Grande do Norte é o maior produtor brasileiro de energia eólica em terra e esse protagonismo deve compor a busca e a construção de soluções em transição energética. O estado também tem um potencial para geração offshore [no mar] de 54,5 Gigawatts (GW). Estamos falando no equivalente ao abastecimento de cerca de ⅓ de toda energia elétrica brasileira em 2020 (aproximadamente 651TWh)”, diz Amaro.
Ele será representado na Missão internacional pelo diretor Roberto Serquiz, que também é o presidente eleito da FIERN e assumirá o mandato em outubro deste ano.