O modus operandi dos sequestradores mudou. Cerca de 60% dos crimes do tipo em São Paulo começam a ser praticados em ambientes virtuais. Segundo o jornal O Globo, os criminosos estão abordando as vítimas em app de paqueras no que ficou conhecido como “golpe do Tinder”. “Esse tipo de sequestro mais dinâmico, diferente daqueles praticados nos anos 2000, em que a vítima ficava muito tempo em cativeiro, saltou na pandemia. Porque as pessoas pararam de circular na rua e foram para a internet. Todos os relacionamentos foram para o ambiente virtual”, explica ao jornal a delegada Carina Santanieli, da Divisão Antissequestro.
Para seduzir as vítimas, os criminosos criam “fakes” com fotos de mulheres jovens e saradas. O objetivo é encontrar homens de meia-idade moradores de bairros ricos, recém-separados, viúvos ou até casados. Após conversarem e conquistarem a confiança das vítimas, os criminosos marcam um encontro. Ao chegarem lá, os homens são surpreendidos por criminosos armados e encapuzados, que os conduzem a um cativeiro. Lá, os bandidos extorquem a vítima como podem. Roubam suas economias, abrem crediários e até mesmo novas contas bancárias em seus nomes.