A governadora Fátima Bezerra conduziu a criação de um grupo de trabalho para estudar a retomada da cultura do algodão no interior do Rio Grande do Norte, proposto inicialmente para os municípios de São José do Seridó, Cruzeta e Acari pelo Instituto Riachuelo. Diretor da entidade criada em junho de 2020 para promover o desenvolvimento econômico e social no Nordeste, Gabriel Rocha foi recebido em audiência pela chefe do Executivo estadual e equipe, na governadoria, na noite de ontem (23). Ele é neto do empresário Nevaldo Rocha, criador do Grupo Guararapes, que nasceu e se consolidou no RN.
“A iniciativa e o olhar social do Instituto voltados para o Rio Grande do Norte ajudarão a fortalecer ainda mais os projetos governamentais executados pela Sedraf e outros órgãos, com Emater, Sape e Emparn, voltados ao desenvolvimento socioeconômico da agricultura familiar no estado”, disse a professora Fátima Bezerra. Ela acrescentou que o algodão vai possibilitar a abertura de novos nichos de mercado para o segmento, tanto na iniciativa privada, quanto no próprio governo, e citou algumas ações consolidadas de fomento, como o Pecafes.
O Programa Estadual de Compras da Agricultura Familiar e Economia Solidária adquiriu, em 2020, o equivalente a R$ 15 milhões em alimentos saudáveis produzidos por agricultores e agricultoras familiares, para composição de cestas básicas encaminhadas a estudantes da rede pública e pessoas em situação de vulnerabilidade social. O titular da Sedraf (Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural), Alexandre Lima, enfatizou que a retomada da cotonicultura no estado terá todo apoio da pasta. “Criamos uma linha especial de crédito através da AGN [Agência Norte-riograndense de Fomento] para a agricultura familiar, que poderá ser bastante útil nesse propósito”, citou.
Parceiro do governo em outras frentes, o Grupo Guararapes, mais precisamente, o Instituto Riachuelo, tem viabilizado ações produtivas como o Pró-Sertão, que mobiliza as oficinas de costura no interior, e agora aposta no campo da agricultura, com o projeto que deverá beneficiar 80 famílias da região do Seridó. A ideia é que os produtores da agricultura familiar acrescentem esse item à produção, considerando que é uma matéria prima importante para a indústria têxtil. “Sentia que o RN estava puxando a gente para cá. Nossa intenção é contribuir com tudo o que tiver a nosso alcance. Temos uma missão que é transformar vidas através do trabalho e renda”, afirmou Gabriel.