Há aproximadamente um ano, um homem diagnosticado com morte cerebral China se tornou a primeira pessoa a receber um transplante de fígado de porco. Por 10 dias, o órgão vindo de um porco geneticamente modificado permaneceu realizando as funções necessárias do organismo.
Transplantes são a maneira mais eficaz de tratar fígados em fase terminal. Aqui no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde de 2024, quase 2.300 pessoas estão na fila esperando por um doador de fígado. É aí que entra uma alternativa experimental, que ainda não é permitida no país: o xenotransplante.
“Xeno”, em grego, quer dizer “estrangeiro”. Quando unido a “transplante”, dá nome para os procedimentos em que tecidos ou órgãos de diferentes espécies são transplantados de uma para a outra. Os porcos são considerados uma boa alternativa devido às suas funções fisiológicas e tamanho compatíveis com tecidos humanos.
Porém, não é qualquer porquinho que pode ser transplantado. O procedimento só é possível por conta de edições genéticas que possibilitam modificar órgãos desses animais para reduzir o risco de rejeição e de possíveis doenças e infecções.
Fonte: Revista Superinteressante