A chamada “cultura da cerâmica cordada” existiu na Escandinávia durante o período Neolítico entre os anos 3.500 e 2.300 a.C. Essa sociedade de caçadores-coletores pescava, viajava e negociava se locomovendo por grandes distâncias sobre a água. No entanto, a ausência de registros arqueológicos dos seus barcos dificulta o entendimento dessas práticas na região. Cientistas já tem uma ideia do porquê esses registros não existem: as embarcações que essa cultura usava eram feitas com peles de animais.
Quem defende a hipótese é uma equipe de pesquisadores das Universidades de Lund e Gotemburgo, na Suécia. Embasada em evidências indiretas, a teoria explicaria a dificuldade de se encontrar os restos desses navios, uma vez que os tecidos animais são rapidamente decompostos.
O grupo defende a tese em um artigo publicado em agosto na revista Journal of Maritime Archaeology. Nele, também são descritas as implicações do possível uso desses barcos pelos povos neolíticos para a compreensão moderna das primeiras sociedades marítimas escandinavas.
Fonte: Revista Galileu