A Hungria manteve nesta quarta-feira (01/06) seu veto à aprovação formal do sexto e mais recente pacote de sanções da UE contra a Rússia e voltou a pedir alterações, desta vez exigindo que o chefe da Igreja Ortodoxa Russa seja removido da lista de alvos, afirmaram fontes diplomáticas.
Budapeste fez a objeção durante negociações em Bruxelas, em que embaixadores dos 27 países que integram o bloco se reuniram para formalizar as sanções, depois que os líderes da UE chegaram a um acordo político sobre o pacote nesta segunda-feira, numa cúpula extraordinária.
A Comissão Europeia propôs incluir o patriarca Cirilo no pacote original de sanções apresentado por Bruxelas no início de maio. O chefe da Igreja Ortodoxa Russa, um fervoroso defensor do presidente russo, Vladimir Putin, apoiou a invasão da Ucrânia em seus sermões religiosos e culpa a Otan e o Ocidente pela guerra lançada por Putin. O clérigo de 75 anos também resistiu aos esforços do papa Francisco para mediar a guerra ou apoiar um cessar-fogo no conflito.
Especificamente, as sanções contra Cirilo determinavam que Cirilo seja proibido de entrar na UE e tenha congelados os bens que possivelmente tenha no bloco. A Hungria já tinha se oposto à inclusão do líder religioso russo quando seu nome foi originalmente sugerido, mas os líderes da UE não discutiram o assunto na cúpula da segunda-feira, que contou com a presença do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.