Durante sua 59ª passagem próxima a Júpiter em 7 de março, a missão Juno da NASA avistou pela primeira vez a quinta lua de planeta, Amalthea, transitando pela Grande Mancha Vermelha. A captura das imagens proporciona aos astrônomos uma visão rara desse pequeno, mas intrigante satélite natural.
Amalthea, descoberta em 1892 por Edward Emerson Barnard, é a quinta maior das 95 luas conhecidas de Júpiter, com dimensões modestas, um raio de 84 km e formato irregular parecido com uma batata. Ela é pequena em comparação as luas mais famosas do planeta, como Io, Europa, Ganímedes e Calisto, cada um com milhares de quilômetros de largura.
A lua transita ao redor de Júpiter de dentro da órbita de Io, a mais interna das quatro maiores luas do planeta. Por causa da sua baixa massa, Amalthea não se molda em uma esfera e sua órbita é curta, completando um ciclo em 0,5 dias terrestres.
A origem da cor vermelha do satélite pode ser enxofre proveniente dos vulcões de Io. Entretanto, a explicação da sua alta temperatura é outra: Amalthea emite mais calor do que recebe do Sol, possivelmente devido a interações com o campo magnético e a gravidade de Júpiter. Isso pode ocorrer ao orbitar dentro do poderoso campo magnético do planeta, porque as correntes elétricas são induzidas no núcleo da lua. O calor também pode vir de tensões de maré causadas pela gravidade de Júpiter.
Fonte: Revista Galileu