O Instituto Metrópole Digital, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IMD/UFRN), está se preparando para lançar a nova fase do seu programa de Cidades Inteligentes, o Smart Metropolis 3.0. Com foco em desenvolver e implementar soluções tecnológicas inovadoras para otimizar a gestão urbana, o programa aposta em expandir, a partir de junho de 2025, parcerias e promover cidades em espaços mais conectados, inteligentes e sustentáveis.
Para isso, a nova etapa do programa visa fortalecer, dentre outras ações, tecnologias capazes de trabalhar de forma integrada. Isso acontece, por exemplo, por meio de sistemas tecnológicos capazes de considerar dados de diferentes temas ao mesmo tempo, como infraestrutura urbana, mobilidade, sustentabilidade e segurança.
“Cidades Inteligentes não são feitas sem interoperabilidade. Soluções de inteligência artificial, por exemplo, não conseguem fazer predições sem considerar dados oriundos de sistemas que conversam entre si. É aí que entra essa nova fase do Smart”, conta Frederico Lopes, professor coordenador do Smart Metropolis.
Smart 3.0
O lançamento da fase 3.0 deve render ao IMD um salto significativo, a ponto de consolidar o Smart Metropolis como uma referência nacional em pesquisas, desenvolvimento e promoção das smart cities brasileiras.
Para isso, a nova etapa tem como principal objetivo intensificar parcerias estratégicas, além de colocar a interoperabilidade no centro das ações. Hoje, segundo Frederico Lopes, o programa do IMD é o que mais tem gerado soluções aplicadas em contextos reais de gestão em todo o Brasil.
“E nosso foco é aumentar a escalabilidade das soluções e garantir que elas possam ser adaptadas e aplicadas por diferentes municípios, com ênfase na interoperabilidade. A ideia é criar cidades mais inteligentes, sustentáveis e conectadas, beneficiando diretamente os cidadãos”, afirmou Lopes.
Resultados
Desde sua criação, o Smart Metropolis tem apresentado resultados significativos. Na fase 1.0, iniciada em 2015, o programa já se concentrava na criação de soluções independentes e aplicáveis ao contexto de Cidades Inteligentes, baseadas em demandas reais de entidades parceiras.
As primeiras iniciativas ajudaram a estabelecer as bases para a etapa seguinte, quando o Smart Metropolis deu um passo importante ao associar-se à Fundação Fiware – cuja plataforma open source é utilizada em países de todo o mundo. Hoje, é a ferramenta central do desenvolvimento tecnológico desenvolvido no Smart Metropolis.
“A Fiware é como se fosse um Linux das cidades inteligentes, mas o que não conseguimos ainda é ter vitrines, cases de sucesso aqui no Brasil, com prefeituras utilizando Fiware de modo a realmente integrar as soluções. Então a nossa proposta para a nova fase é essa: promover esse uso e disseminar a Fiware em todo o Brasil, como acontece já em outros países”, conta Lopes.
iHub Fiware
Ainda segundo o coordenador do Smart, o trabalho deverá ser feito por meio de um iHub Fiware – iniciativa do IMD (a única em atividade em todo o Brasil) que deverá concentrar uma série de ações para a troca de conhecimento e desenvolvimento de novas soluções no âmbito das smart cities.
Isso acontecerá por meio da colaboração entre instituições acadêmicas, empresas e gestores públicos, aos quais o iHub oferecerá uma série de ações, como eventos, conferências, cursos, treinamentos, entre outros benefícios.
Embora já tenha sido instalado e iniciado suas operações na sede do IMD, no Campus Central da UFRN, o Smart Metropolis Fiware iHub deverá ser inaugurado oficialmente na metade deste ano.