Inadimplência e endividamento das famílias natalenses caem em março

Depois de bater recordes em fevereiro, os números de endividamento e inadimplência das famílias natalenses teve uma leve queda no mês de março. O índice de famílias endividadas, chegou a 90,4% queda de 0,3 ponto percentual em relação a fevereiro (90,7%), de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de março, realizada pela Confederação Nacional do Comércio, e divulgada nesta quinta-feira, 31.03.

O número do terceiro mês do ano apresenta uma redução após quatro altas mensais consecutivas – novembro (86,3%) e dezembro (88%) de 2021, além de janeiro (89,6%) e fevereiro (90,7%) deste ano. Em relação a março do ano passado (86,4%), o índice de 2022 é 4 pontos percentuais maior.

Também houve queda entre fevereiro e março no percentual de famílias que já estão com as contas em atraso, saindo de 40,8% para 39,6% (-1,2 ponto percentual). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o índice de famílias nesta mesma condição aumentou de 38,2% para 39,6%, um incremento de 1,4 ponto percentual.

O levantamento também mostrou que o percentual de famílias da capital que informaram que não terão condições de pagar suas contas aumentou de 9,6% em fevereiro para 9,7% em março. E na comparação com março do ano passado, o crescimento foi ainda maior, quando atingiu 3,9%.

No total, neste mês de março, 238.270 famílias natalenses (810 a menos do que em fevereiro) possuem dívidas a vencer como financiamento do carro ou imóvel, cartão de crédito, empréstimos consignados, entre outros. As famílias que já estão com suas contas em atraso caíram de 107.383 em fevereiro para 104.312 em março (3.071 famílias a menos). E as famílias que não terão condições de pagar suas dívidas alcançaram a quantidade de 25.699 (em março do ano passado eram 10.289; 15.410 a mais).

Por tipo de dívida, mais uma vez o cartão de crédito (95,2%) lidera; seguido pelos carnês (28,9%), financiamento do carro (24,2%) e da casa (20,4%).

Entre as famílias com contas já em atraso, o tempo médio desta inadimplência saiu de 61,2 dias em fevereiro para 60,2 em março. E entre os endividados de maneira geral, o comprometimento médio com as dívidas é de 8,9 meses e 37,1% dos salários.