Os dados revelados pela nova ferramenta da Receita Federal, a Dirbi, são alarmantes e evidenciam o estado crítico da economia brasileira, em parte devido aos incentivos fiscais concedidos durante o governo do ex-presidente Bolsonaro.
Enquanto a população lutava para sobreviver em meio à inflação e ao desemprego, o governo federal dedicou-se a fornecer bilhões em incentivos fiscais para empresas como a Braskem e o iFood. Sim, isso mesmo: a plataforma de delivery, que lucra às custas de restaurantes e entregadores mal remunerados, recebeu mais de 300 milhões em benefícios durante a pandemia.
Esse tipo de política econômica não é novidade no Brasil. Desde os tempos da ditadura militar, os governos têm se curvado aos interesses do grande capital, em detrimento do bem-estar da população. No entanto, sob a gestão de Bolsonaro, atingimos um novo patamar de absurdo.
Enquanto o país afundava em uma crise sem precedentes, com milhões de pessoas passando fome, o governo se preocupava em enriquecer os empresários. Um verdadeiro escárnio, uma afronta à dignidade do povo brasileiro.
E o mais grave é que esses incentivos fiscais não geraram os resultados prometidos. As empresas continuaram a lucrar, enquanto a miséria se alastrava pelo país. Este é um círculo vicioso, em que os ricos ficam mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres. Bom xibom, xibom, bombom escancarado. Se não “catou” a referência musical, deve ter menos de 25 anos. Depois escute o hit do grupo “As Meninas”. É um clássico da popular música baiana e brasileira.
Além disso, tais incentivos milionários ocorreram durante a pandemia, quando empresas como o iFood faturavam ainda mais devido às restrições impostas pelo isolamento social.
É simplesente um escarnio. E me pergunto: até quando o dinheiro público deixará de ser investido em prol da população para atender interesses privados e dos mais ricos?