O estudo Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado hoje (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou aceleração da taxa de inflação para todas as faixas de renda no mês de outubro deste ano, sendo maior para famílias de menor renda pelo sétimo mês consecutivo. Para essa parcela da população, a taxa de 1,35% ficou 0,15 ponto percentual acima da taxa das famílias de maior renda (1,2%). Em outubro do ano passado, as taxas apuradas foram de 0,98% para as famílias de renda mais baixa e 0,82% para as famílias de renda mais alta.
No mês pesquisado deste ano, o grupo que mais contribuiu para a alta inflacionária das famílias dos três segmentos de renda mais baixa foi habitação, com aumentos de 1,1% dos reparos no domicílio e de 0,95% dos artigos de limpeza. Sobre essas famílias recaíram ainda reajustes de 1,2% das tarifas de energia elétrica, 3,7% do gás de botijão e 0,9% do aluguel.
O segundo segmento que mais afetou a inflação das famílias de menor renda foi o de alimentos e bebidas, gerado pelo aumento dos alimentos no domicílio, especialmente a batata (16%), açúcar (6,4%), café (4,6%) e aves e ovos (3,2%), além do incremento de 0,91% dos produtos farmacêuticos. Em contrapartida, caíram os preços do arroz (-1,4%), feijão (-1,9%) e carnes (-0,04%).