Instabilidade política deve contaminar economia até 2022, diz professora da UFMG

A instabilidade política que tem contribuído para a piora dos indicadores econômicos não deve arrefecer, nem em 2021, muito menos no ano eleitoral de 2022, apesar das declarações mais recentes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A afirmação é da economista Débora Freire, professora do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Ela é também uma das signatárias do manifesto divulgado em março por diversos agentes econômicos que cobraram o governo federal pela falta de ação durante a pandemia.

Para a economista, é necessário encontrar espaço no Orçamento para recompor a renda do trabalhador, fator que também ajuda a travar a recuperação do investimento, ao lado da crise política. Há o risco, no entanto, de que a expansão fiscal de 2022 seja toda feita em cima de gastos improdutivos, com objetivos eleitoreiros.

Fonte: Folha de S.Paulo