Intercom Nordeste discute inteligência artificial e comunicação na próxima quarta-feira, 08, na UFRN

As transformações causadas pelas novas tecnologias provocam condutas perante a realidade, alterando a constituição de diversos campos do conhecimento, especialmente o da comunicação. Nesse contexto, proporcionar maior entendimento dos processos comunicativos à luz dessas modificações é o objetivo da apresentação Os impactos da Inteligência Artificial (IA) e das tecnologias algorítmicas na comunicação, conferência de abertura do Intercom Nordeste.

Participam do debate Fernanda Carrera, docente da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Paulo Faltay, pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do MediaLab, da UFRJ. Conta ainda com mediação de Manu Freitas, professora substituta do curso de Audiovisual da UFRN. A discussão ocorre em 8 de maio, quarta-feira, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), às 10h.

Fernanda propõe reflexões acerca das tecnologias algorítmicas contemporâneas a partir da ótica da racialização. A docente defende que os algoritmos são uma ramificação das atitudes brancas, de modo que há um embranquecimento dos tópicos atravessados por esses recursos tecnológicos. Além disso, também explora diferentes abordagens e métodos para a pesquisa em IA.

Paulo discute a industrialização da inteligência artificial, que se trata da expansão desse meio em várias indústrias, serviços e produtos a partir de grandes empresas. Para o pesquisador, a dependência de grandes empresas estrangeiras para a realização de pesquisas e trabalhos provoca um profundo impacto no âmbito comunicativo. “Esse sistema altamente predatório depende da precarização do trabalho, do alto custo energético e de uma coletiva massiva de dados de toda a internet, sem necessariamente pagar. São vários dilemas éticos”, declara.