Bombardeios israelenses em duas áreas diferentes no centro de Beirute, capital do Líbano, nesta quinta-feira (10) mataram 18 pessoas e deixaram ao menos 92 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Segundo a agência Associated Press, um dos locais atingidos foi um prédio de oito andares no bairro de Ras al-Nabaa. O ataque atingiu a parte inferior do edifício e explosões continuavam ocorrendo dentro do edifício, informou um fotógrafo da AP. Um grande número de ambulâncias chegou ao local.
O segundo ataque, no bairro de Burj Abi Haidar, derrubou um prédio inteiro, que foi tomado pelas chamas.
O ataque teve como alvo pelo menos um membro sênior do Hezbollah, de acordo com fontes de segurança ouvidas pela agência Reuters. Ainda não se sabe quem eram os membros do Hezbollah que eram alvos de Israel. Após o ataque, três fontes de segurança disseram à Reuters que Wafiq Safa, um membro sênior do grupo extremista, sobreviveu à tentativa de assassinato israelense.
Um grande incêndio ardia nos locais atingidos enquanto equipes de resgate usavam lanternas manuais para procurar sobreviventes nos escombros, de acordo com vídeos transmitidos pela televisão al-Manar do Hezbollah.
Israel ainda não se pronunciou sobre os ataques aéreos no centro de Beirute até a última atualização desta reportagem. Nas últimas semanas, Israel tem lançado ataques aéreos quase diários nos subúrbios do sul de Beirute, onde fica o QG do Hezbollah, mas ataques no centro de Beirute são raros. O bairros centrais bombardeados nesta quinta foram atingidos pela primeira vez por Israel.
Israel justifica seus ataques dizendo que tem como alvo estruturas militares do grupo extremista, e geralmente emite ordens de evacuação para a população dos locais visados minutos antes de realizar bombardeios.
Os bombardeios no centro de Beirute ocorrem enquanto o Exército israelense continua a atacar alvos do Hezbollah em todo o Líbano. Mais cedo, o Exército israelense emitiu novos avisos de evacuação para o sul da cidade, incluindo prédios específicos, e havia alertado os civis libaneses para não retornarem às suas casas no sul, a fim de evitar danos decorrentes dos combates.
Fonte: G1