Israel afirmou nesta quarta-feira (18/10) que vai permitir que o Egito entregue quantidades limitadas de ajuda humanitária à Faixa de Gaza – a primeira brecha em dez dias de um “cerco total” imposto pelo governo israelense ao enclave palestino.
O cerco – que impediu a entrada de água, comida, energia e combustível em Gaza – veio em retaliação aos ataques brutais do grupo fundamentalista islâmico Hamas contra a população israelense em 7 de outubro, que deixaram mais de 1.400 mortos.
Após a ofensiva do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, forças israelenses também lançaram incessantes bombardeios contra o enclave, que já mataram mais de 3.000 pessoas. Os ataques e o cerco levaram a uma “catástrofe humanitária sem precedentes” no território palestino, segundo a ONU. A situação se agravou na terça-feira, quando uma enorme explosão num hospital na Cidade de Gaza matou centenas.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que a decisão de permitir o envio de ajuda limitada pelo Egito foi tomada após um pedido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Israel.
O gabinete disse também que Israel não impedirá as entregas de alimentos, água ou medicamentos, desde que sejam limitadas a civis no sul da Faixa de Gaza e não sejam destinadas a militantes do Hamas. A declaração não fez menção ao combustível extremamente necessário.
Não ficou claro quando a ajuda começaria a fluir. Na passagem de Rafah, a única ligação de Gaza com o Egito, caminhões cheios de ajuda aguardam há dias para entrar. Mas a instalação tem capacidade limitada e, segundo o Egito, teria sido danificada por ataques aéreos de Israel.