O Ministério Público de Milão pediu nesta terça-feira (15/02) à Justiça da Itália a extradição e a expedição de mandado de prisão para o ex-jogador de futebol brasileiro Robinho, informou o jornal La Reppublica. A solicitação também é válida para Ricardo Falco, amigo do jogador. Os dois foram condenados a nove anos de prisão por violência sexual de grupo contra uma mulher de origem albanesa.
O crime, que teve ainda a participação de outros dois brasileiros, ocorreu em 2013, numa boate de Milão, quando Robinho jogava no Milan. A jovem, na época com 23 anos, comemorava o aniversário no local com duas amigas. Ela teria sido embriagada e dopada por quatro homens. Os outros suspeitos, no entanto, deixaram a Itália durante as investigações e, por isso, não foram acusados, somente citados no processo.
Os promotores do caso encaminharam a solicitação de extradição e da ordem de prisão internacional ao Ministério da Justiça italiano, que, se acatá-las, deverá enviar as respectivas notificações às autoridades brasileiras.
Mesmo com o sinal verde na Itália, Robinho não poderá ser extraditado do Brasil, já que a Constituição de 1988 proíbe o envio de cidadãos brasileiros para países do exterior. A Itália pode pedir que a pena seja cumprida no Brasil, mas o país não é obrigado a acatar a solicitação.