A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Programa Estadual de Controle da Hanseníase do Rio Grande do Norte – PECH/RN, incentiva a Mobilização para Enfrentamento da hanseníase no mês de Janeiro e recomenda que os municípios deem visibilidade ao tema, mobilizando os gestores, profissionais e toda a população.
No Rio Grande do Norte, no período de 2011 a 2020, foram diagnosticados 2.466 casos novos de hanseníase, uma média aproximada de 250 casos novos/ano. Em 2021 foram 186 casos novos, sendo 43 na Grande Natal. Somente o município de Mossoró, considerado área endêmica para a doença, registrou 53 casos novos em 2021.
“Orientamos os municípios a organizarem suas ações de mobilização e prestamos todo o apoio técnico. Aqui no estado o hospital Giselda Trigueiro é a referência no atendimento aos casos mais graves da doença, como reação hansênica ou recidiva. Mas todo o diagnóstico e tratamento – que dura de 6 a 12 meses – devem ser feitos na atenção básica”, explicou Wilka da Silva, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Hanseníase.
A doença
A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. Pode causar deformidades físicas caso o paciente não seja diagnosticado precocemente e o tratamento não seja realizado de forma oportuna.
A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, que não faz o tratamento, elimina no ar, por meio da fala, tosse, espirro, o microrganismo, infectando outras pessoas
A hanseníase pode aparecer de diversas formas dependendo do organismo. Pode se manifestar como mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada, única ou múltiplas.
As lesões são bastante distintas entre si e podem ser confundidas com outras doenças de pele, por isso é imprescindível não se autodiagnosticar ou automedicar e sempre consultar um médico na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima à sua casa se tiver qualquer suspeita de estar com hanseníase.
Tratamento
A doença tem cura e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente do diagnóstico ao tratamento, nas Unidades de Saúde da Atenção Primária.
O tratamento da doença é realizado com a poliquimioterapia, uma associação de antibimicrobianos, recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Os medicamentos são seguros e eficazes. O paciente deve tomar uma dose mensal supervisionada pelo profissional de saúde. E as doses diárias são realizadas pelo próprio paciente. O tratamento dura 6 ou 12 meses, de acordo com a classificação da doença.
Programação
No Hospital Giselda Trigueiro acontece um mês inteiro de programações, com atividades educativas na sala de espera do ambulatório, nos períodos matutino (a partir das 8h) e vespertino (a partir das 14h). O dia D será realizado no dia 19 de janeiro com atividades educativas, lanche e sorteio de brindes, somente pela manhã, a partir das 8h.
• 10 e 11/01/2022 – 08h às 12h – Capacitação para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Natal. Auditório da Escola de Governo.
• 12/01/2022 – Capacitação para Agentes Comunitários de Saúde das áreas endêmicas de Mossoró, 09h às 12h, Estação das Artes.
• 13/01/2022 – 08h às 12h – Capacitação online para médicos e enfermeiros da Atenção Primária. (Vídeo-aula preparada por Dr Mauricio Lisboa Nobre no YouTube para os profissionais ACS e nível médio. Para que os municípios possam utilizar junto aos seus profissionais.)
• 21/01/2022 – 08h às 12h – Exame de casos referenciados e demanda espontânea no HGT/IMT Instituto de Medicina Tropical em Natal / Mossoró – Exame de casos referenciados e demanda espontânea no PAM do Bom Jardim das 8h às 12h.
• SEMANA DE MOBILIZAÇÃO DE 17 A 21: Ações de divulgação de sinais e sintomas pelos Agentes Comunitários de Saúde e exame de casos suspeitos nas UBS dos municípios entre 17 e 21 de janeiro.