Jovem potiguar faz críticas a atual conjuntura política no RN e avalia a insegurança

O jovem potiguar Paulo Henrique do Nascimento, 27 anos, nutricionista, enviou para o BLOG ANTENADO um texto em que expõe críticas ao atual quadro da insegurança no estado e a conjuntura política instalada. Ele reflete, além do mais, sobre o desemprego dos jovens no Rio Grande do Norte e a falta de participação dos mesmos no campo político. Veja o texto na íntegra:

“O AVESSO DA CENA: RN O ESTADO MAIS VIOLENTO E SEM EMPREGO PARA AS JUVENTUDES

É TAMBÉM O ESTADO SEM JOVENS NA POLÍTICA ESTADUAL:

No ano de 2017 o estado do Rio Grande do Norte assumiu a posição de Estado mais violento do país. Pesquisas apontam que foram 62,8 mortes violentas por 100 mil habitantes, maior índice entre os estados brasileiros (Atlas da Violência). Esses dados de violências retratam um perfil, dos que matam e que morrem com faixa etária de 15 a 29 anos. Afinal, quem não conhece um vizinho do bairro, parente ou amigo que foi vitima ou teve envolvimento com a violência urbana? 

Segundo a (PNAD) 2020, o RN possui a quinta maior taxa de desocupação do país, a taxa entre os jovens de 18 a 24 anos bateu o recorde neste mesmo ano, chegando a marca de 36%. O recorde no ano de 2012 era de 30%. Afinal, quem não conhece ou tem um jovem em sua casa desempregado (ou é esse jovem)?

Do outro lado da cena, uma pesquisa recente (2021) do IP SENSUS, apontou os 50 deputados estaduais mais citados no Rio Grande do Norte. Não é de se espantar que a maioria dos nomes citados retrata um perfil com idade média de 40+ anos, brancos, com poder aquisitivo médio/alto, declarados heterossexuais.

Como os jovens potiguares, aqueles que estão no furacão do desemprego e da violência, têm sido representados no Legislativo? O Legislativo é o lugar onde as políticas públicas em nível de estado são construídas, tem uma tendência de serem compostas por diversos segmentos e representantes da sociedade, dos 24 deputados atuais não há nenhum declarado Lgbt, negro e somente um deputado assumiu com faixa etária de 18 a 32 anos. Esse contexto reflete na falta de projetos e ações voltadas às juventudes em especial, desses jovens negros e das periferias.

É urgente que partidos e toda sociedade apóiem e estimulem uma nova geração, de jovens na política, tornando o espaço mais democrático e mais representativo!

Atualmente no estado esse espaço de representatividade parece avesso, e em tempos de crise, as juventudes buscam ocupar cada canto do sertão potiguar.

Paulo Henrique

@Paulinho do Acredito”

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