Após cinco meses desde o retorno do módulo chinês Chang’e-6 à Terra, dois artigos sobre as descobertas feitas pelo instrumento no lado escuro da Lua foram finalmente publicados. A missão foi a primeira na história a obter sucesso na aterrisagem e a recolher amostras dessa região lunar.
Cerca de 1,9 kg de solo lunar da parte oculta foram trazidos para o planeta. Como é de praxe, a organização responsável pela operação tem prioridade de investigação sobre o material; neste caso, a Administração Espacial Nacional da China (CNSA).
Uma equipe formada por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências tomou a dianteira do estudo. Foi assim que se identificou que o material é um exemplar de rocha basáltica de aproximadamente 2,8 bilhões de anos. Isso sugere que o local de pouso da missão um dia foi vulcanicamente ativo.
Tal episódio de erupção relativamente recente não apareceu nas amostras coletadas do lado próximo da Lua pelo programa Apollo (EUA) ou pelas missões Luna (URSS), portanto, era completamente desconhecido até então. Essas novas informações foram detalhadas na última sexta-feira (15), nas revistas Science e Nature.
Fonte: Revista Galileu