Elizabeth Cuthrell, produtora cinematográfica residente em Manhattan, trabalhava em um escritório ergonômico, com mesa e cadeira confortáveis, monitor na altura dos olhos, teclado externo. Depois veio a covid-19. E ela passou a trabalhar em casa em um laptop, sentada em uma poltrona de vime, ou, às vezes, sobre um sofá com “almofadas moles como marshmallow”. Um mês mais tarde, começou a sentir dores fortes no pescoço, no pulso e nos ombros a ponto de ter que procurar uma quiroprata.
“É difícil quantificar, mas este é realmente um grave problema para muitos dos meus pacientes”, disse Karen Erickson, uma quiroprata que tratou de Elizabeth Cuthrell. Segundo os quiropratas, tem havido um aumento das lesões e do desconforto decorrentes da pressão para aderir ao home office em todo o país, quando milhões de trabalhadores passaram meses digitando sobre sofás, camas e desconfortáveis balcões de cozinha. Nada de exercícios ergonômicos, agora todos terão de debruçar-se sobre os laptops.
Segundo uma pesquisa realizada em abril pelo Facebook, com a Associação Americana de Quiropraxia, 92% dos profissionais do ramo (entre os 231 que responderam ao questionário) disseram que os pacientes se queixam mais de dores no pescoço, nas costas ou de outros transtornos músculoesqueléticos desde que começaram a seguir as recomendações para não sair de casa.
Fonte: Portal TERRA