Maioria dos europeus tinha pele escura até 3 mil anos atrás, aponta estudo

Um estudo recente conduzido por cientistas da Universidade de Ferrara, na Itália, revela um cenário bem distinto do estereótipo comum da “aparência europeia”. Ao examinar o DNA de 348 indivíduos antigos de diversas regiões da Eurásia, os pesquisadores descobriram que, na realidade, a maioria dos europeus possuía pele escura entre 3 mil anos e 1,7 mil anos atrás, na Idade do Ferro. Os resultados foram divulgados em uma pré-impressão no dia 12 de fevereiro.

A análise genômica permitiu mapear não só as variações na pigmentação da pele, mas em outras características físicas como cabelos e olhos ao longo dos últimos 45 mil anos. Durante o estudo, os cientistas observaram que características de pele escura eram predominantes durante boa parte período neolítico, abrangendo grande parte da Eurásia. Registros de pele clara foram encontrados apenas nas regiões do norte do continente.

Somente na Idade do Bronze, que começou há cerca de 4 mil anos, os pesquisadores observaram um aumento na prevalência de olhos azuis, cabelo loiro e pele clara, especialmente entre indivíduos originários da Inglaterra, Hungria, Estônia e República Tcheca. Já na Idade do Ferro, posterior à do Bronze, foi registrada uma combinação de tons de pele escura, intermediária e clara em diversas regiões da Europa e da Ásia Ocidental.

Fonte: Revista Galileu