Mês de conscientização: Oito fatos sobre dermatite atópica

A dermatite atópica é uma doença crônica, sistêmica e inflamatória da pele. A enfermidade caracteriza-se por lesões avermelhadas no rosto ou nas dobras do corpo, que causam coceira intensa: quanto mais o paciente coça, mais a pele é danificada, podendo até sangrar. As áreas do joelho e dos braços costumam ser as mais afetadas, mas as lesões também podem ocorrer nas bochechas, orelhas, pescoço, mãos e pés. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a doença atinge 7% da população adulta (acima de 12 anos) e entre 15% e 25% das crianças e adolescentes1-2. Apesar dessa incidência, a doença ainda é pouco conhecida pela população.

Confira a seguir fatos sobre a dermatite atópica.

Causa

A causa exata da dermatite atópica ainda não foi descoberta, mas a doença ocorre por conta de um desequilíbrio no sistema imunológico, levando a um processo inflamatório que desencadeia lesões na pele3,4. Alguns gatilhos que podem provocar crises já são conhecidos, como o clima muito seco, estresse, contato com alérgenos, como tecidos, poeira, ácaro.

Leve, Moderada, Grave

A dermatite atópica pode ser classificada como leve, moderada e grave, de acordo com a extensão das lesões, percentual de superfície corpórea atingida5 e impacto da doença na qualidade de vida. Pesquisas mostram que 30% a 40% dos pacientes estão entre as classificações moderado e grave6,7.

Tratamento

Por ser uma doença de origem genética e crônica8, a dermatite atópica não tem cura, mas pode ser controlada. Novas terapias já estão disponíveis no Brasil, como o upadacitinibe, medicamento que recebeu recentemente aprovação da Anvisa para o tratamento de dermatite atópica moderada a grave em pacientes acima de 12 anos elegíveis a terapia sistêmica9.

Complicações

Sem o tratamento adequado, o ressecamento da pele, a coceira e a formação de feridas causadas pela dermatite atópica podem levar ao desenvolvimento de infecções dermatológicas bacterianas, virais ou fúngicas. Isso agrava ainda mais o quadro do paciente, aumentando a necessidade de atendimentos médicos de urgência e podendo levar à internações10.

Impacto Emocional

A coceira frequente e intensa pode causar dificuldades para dormir, além de prejudicar a saúde mental4,11. O desenvolvimento de quadros de ansiedade e depressão é comum3,4,6,11. Em um estudo internacional, 38% dos pacientes reportaram que a dermatite atópica impactou sua decisão de não estudar ou buscar um trabalho7.

Preconceito

Apesar de não contagiosa, pesquisa do Instituto Datafolha11, encomendada pela AbbVie, revelou que três em cada 10 brasileiros acreditam erroneamente que a doença é infecciosa. Além disso, 47% dos entrevistados julgam que a enfermidade é causada por falta de higiene e 37% afirmam que pessoas com dermatite atópica não devem sair de casa. A disseminação de informações corretas sobre a dermatite atópica é fundamental para reduzir o estigma e o preconceito sofrido pelos pacientes. Esse é o principal motivo que levou à criação dos Dias Mundial e Nacional da Dermatite Atópica, celebrados em 14 e 23 de setembro, respectivamente, fazendo de setembro o mês de conscientização sobre a doença.

Quem trata

Os médicos especialistas em diagnosticar e tratar a dermatite atópica são o alergista e o dermatologista.

Atópicos

Aproveitando a atenção despertada pelos Mês de Conscientização da Dermatite Atópica, celebrados em 14 e 23 de setembro respectivamente, a AbbVie lança a campanha “Atópicos”, veiculada em TV aberta, sites e redes sociais. O objetivo é apresentar os diferentes perfis de pacientes e os impactos que a doença causa em suas vidas. O primeiro filme é “Frio Escaldante” e retrata as dificuldades dos pacientes durante os dias mais frios do ano, apresentando os sintomas desencadeados pela doença, como coceira intensa, pele seca, sensação de ardência, distúrbios do sono e absenteísmo no trabalho. Para mais informação sobre a campanha, acesse www.atopicos.com.br