Mesmo com decisão da OMS de suspender uso da Cloroquina, plano de Saúde em Natal decide distribuir, gratuitamente, o medicamento que pode levar a morte

A Organização Mundial da Saúde (OMS), através do presidente Tedros Ghebreyesus, anunciou ontem (25) a suspensão de testes com hidroxicloroquina em pesquisas sobre possíveis tratamentos para a Covid-19. A decisão foi tomada após a revista Lancet publicar um estudo sobre os riscos da remédio. De acordo com a OMS, a decisão será mantida pelo menos até que se saiba mais sobre os riscos trazidos pelo uso do medicamento em pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Porém, o plano de saúde Unimed Natal começou a distribuir gratuitamente medicamentos para o tratamento da Covid-19. A entrega dos medicamentos é condicionada à prescrição médica. Segundo a Unimed, a ação faz parte do plano de enfrentamento à pandemia da Covid-19, e ressaltou que a decisão para essa prescrição é exclusivamente do médico, conforme foi estabelecido pelo Ministério da Saúde. 

Pesquisadores do Hopital Raymond Poincare, na França, já solicitaram que fosse retirada do ar a pré-publicação de um estudo que fizeram e apontava que o tratamento com hidroxicloroquina é eficaz para reduzir o número de mortes por covid-19. O artigo estava sendo usado por defensores do medicamento para rebater as novas pesquisas que mostram que a droga não funciona. 

Em contato com o médico clínico hematologista, professor aposentado da UFRN, atualmente no UNACON do Hospital do Coração, Enildo Alves, o BLOG já havia publicado os argumentos tanto do médico, como de uma médica a favor do medicamento (LEIA AQUI). Enildo Alves voltou a afirmar que o Governo Federal não assinou o protocolo recentemente divulgado e mais. não foi assinado por nenhuma autoridade do Governo Federal, comprovando a temeridade de serem responsabilizados por seus atos, relacionado ao uso da Cloroquina. Segundo o médico, o protocolo federal do dia 20/05/2020 não possui assinatura de um responsável; avisa que a Cloroquina poderá não trazer qualquer benefício; afirma que o seu uso pode levar a morte;  obriga a quem for usar assinar um termo de responsabilidade. 

O médico afirma que isso é uma irresponsabilidade do Governo Federal, pois há estudos comprovados que a Cloroquina não produz resultados positivos. Enildo Alves relembra alguns deles: a Universidade de Albany / USA fez um estudo de 1438 pacientes internados em 25 hospitais na cidade de Nova York , usou um grupo aleatório como placebo e concluiu: os que tomaram cloroquina e o grupo com placebo tiveram o mesmo resultado, ou seja a droga não traz qualquer benefício comprovado e pode matar. Estudos semelhantes foram feitos em Oxford na Inglaterra e na famosa Universidade de Beida na China considerada uma das melhores do mundo e chegaram também a mesma conclusão: QUE A CLOROQUINA NÃO PRODUZ RESULTADOS POSITIVOS. 

Segundo dr. Enildo Alves, não há nenhuma publicação científica no mundo respeitável, informando que o uso da cloroquina traga algum benefício para contaminados pela COVID-19, incluindo o início da doença, e implora para que parem de usar a Cloroquina, pois ela não traz nenhum benefício e pode levar a morte. 

Agora você escolhe se quer morrer por Covid-19 ou por parada cardíaca causada pela cloroquina. 

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