O Ministério da Saúde participou, nesta segunda-feira (2), de uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Aids. Convocada pela deputada Erika Kokay (DF), a sessão reuniu representantes e ativistas nacionais e internacionais.
Em sua participação, o diretor substituto do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), Artur Kalichman, destacou que para acabar com a aids como problema de saúde pública, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu metas globais: ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; ter 95% dessas pessoas em tratamento antirretroviral; e, dessas em tratamento, ter 95% em supressão viral, ou seja, com HIV sem possiblidade de transmissão. “Hoje, em números gerais, o Brasil possui, respectivamente, 96%, 82% e 95% de alcance nessas marcas’, destacou o diretor.
Artur também ressaltou a importância do programa Brasil Saudável nesse enfrentamento. “Esse programa inovador reúne 14 ministérios e parceiros para reduzir as iniquidades e ampliar os direitos humanos e proteção social em populações e territórios vulneráveis. Por ele, estamos trabalhando para chegar nas pessoas que não recebem prevenção, diagnóstico e tratamento justamente por não terem acesso aos serviços de saúde”, disse.
A audiência na Câmara reforçou ainda a necessidade de integrar educação sexual ao acesso às tecnologias de prevenção e tratamento. Os participantes destacaram a prevenção combinada, que associa diferentes estratégias de prevenção ao HIV, considerando as especificidades dos sujeitos e de seus contextos, as características individuais e o momento de vida de cada pessoa.