Ministério da Saúde planeja vacinação para populações que vivem em áreas remotas

Nos dias 24 e 25 de fevereiro, a equipe do Programa Nacional de Imunizações (PNI) – reconhecido como uns dos maiores programas de vacinação do mundo – se reuniu com a Força Aérea Brasileira (FAB), na Base Aérea de Manaus (AM), para planejar a Operação Gota 2025. A previsão é que o PNI invista cerca de R$ 20 milhões na ação, que vai disponibilizar todas as 22 vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, com exceção da vacina contra a dengue – que não está recomendada para áreas remotas e de difícil acesso.

Além disso, o Ministério da Saúde vai promover treinamento especializado para as equipes locais, garantindo a eficácia e a segurança na administração dos imunizantes. A operação facilita ainda o transporte de vacinas, medicamentos e equipes de saúde, oferecendo suporte a emergências e atendimentos médico-hospitalares de baixa complexidade, contribuindo para a ampliação da cobertura da atenção primária nessas regiões.

Durante o encontro, a equipe da Saúde discutiu os fluxos operacionais e diretrizes da missão, com foco na definição de metas, monitoramento das ações e organização dos grupos responsáveis pelo planejamento logístico. Técnicos e pilotos da FAB ficarão responsáveis pelo georreferenciamento, pontos de saída, rotas e locais de pouso nas comunidades atendidas.

A iniciativa tem como objetivo vacinar populações que vivem em áreas remotas e de difícil acesso, abrangendo regiões de fronteira e alcançando comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e rurais na Amazônia Legal. De acordo com o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, “a Operação Gota promove equidade, pois leva vacina para áreas bem distantes e a populações com dificuldades de acesso”.

Os critérios para definir essas áreas incluem:

Regiões sem acesso por rodovias ou hidrovias;
Locais que exigem mais de 5 dias de viagem para atendimento;
Áreas sem visitação por mais de seis meses ao ano;
Territórios com barreiras geográficas significativas;
Regiões de floresta onde o profissional precisa permanecer por mais de 4 dias sem comunicação.
A reunião contou também com a presença da equipe da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, dos coordenadores do PNI dos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará, além dos representantes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do Amapá e Norte do Pará, Alto Rio Juruá, Alto Rio Negro, Alto Rio Purus, Médio Rio Solimões, Médio Rio Purus e Vale do Javari.