Durante o mês de outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está reforçando a urgência do compromisso global para combater a meningite. Entre as diversas ações realizadas, destaca-se o lançamento das “Diretrizes para o Enfrentamento das Meningites até 2030” no Brasil, considerada uma iniciativa exemplar pela OMS. A construção dessas diretrizes começou em 2023 e foi concluída em 2024, sendo oficialmente apresentadas pelo Ministério da Saúde no dia 4 de outubro, um dia antes do Dia Mundial da Meningite.
Em 17 de outubro, a OMS destacou em seu site que “o Brasil deu um exemplo louvável ao convocar as partes interessadas nacionais para lançar seu plano antes do Dia Mundial da Meningite, mostrando como esforços concentrados podem levar a um progresso significativo”. A matéria também incluiu o reconhecimento do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, a atletas que participaram dos Jogos Paralímpicos de 2024 e compartilharam suas experiências com meningite e poliomielite, inspirando muitos com suas histórias.
Esforços globais
Para fortalecer os esforços globais, a OMS lançou um manual operacional que auxilia os países no desenvolvimento de planos nacionais de combate à meningite, alinhado ao roteiro “Derrotando a Meningite até 2030”. Esse manual encoraja os países a estabelecer objetivos personalizados e envolver partes interessadas locais, promovendo uma abordagem colaborativa.
No Brasil, o Ministério da Saúde desenvolveu as “Diretrizes para o Enfrentamento das Meningites até 2030” em colaboração com a sociedade civil e organismos nacionais e internacionais. Este documento está alinhado a três objetivos principais do roteiro global da OMS: eliminar epidemias de meningite bacteriana, reduzir em 50% os casos de meningite bacteriana imunoprevenível e em 70% as mortes, e prevenir a incapacidade, além de melhorar a qualidade de vida após a meningite. As diretrizes propõem ações integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS), abrangendo cinco pilares fundamentais: prevenção e controle de epidemias, diagnóstico e tratamento, vigilância epidemiológica, apoio às pessoas afetadas e comunicação e participação social. Dessa forma, o Brasil se destaca como o primeiro país da região das Américas a estruturar um documento com esse objetivo.
Imunização
A meningite pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, sendo as formas viral e bacteriana as mais relevantes para a saúde pública devido à sua alta incidência e potencial para surtos. De modo geral, as infecções bacterianas são mais graves que as virais. No Brasil, o SUS oferece diversas vacinas contra os agentes que causam meningite, destacando a importância da vacinação na prevenção da doença.