A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou, no domingo (24), da abertura do 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia, realizado no Rio de Janeiro. Com o tema “A Epidemiologia e a Complexidade dos Desafios Sanitários”, o evento é promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e as universidades Federal Fluminense (UFF), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). O congresso, que segue até o dia 27 de novembro, reúne especialistas para discutir e apresentar soluções para os principais desafios da saúde pública.
Cerca de três mil participantes do Brasil e de outros países estão reunidos no congresso, que tem como foco a atuação para enfrentar os desafios da saúde coletiva, as desigualdades sociais, aumento da violência e acidentes, saúde mental, doenças infecciosas e emergentes, além dos impactos de extremos climáticos sobre a saúde da população.
“A preservação e o avanço da democracia, com inclusão e participação social, são desafios centrais no cenário atual. Em tempos difíceis, é fundamental compartilhar preocupações como as mudanças climáticas, a insegurança alimentar e as lições da pandemia. O título da minha apresentação, ‘Mutação: Tempos de Emergências’, reflete como as emergências se tornaram parte do cotidiano”, destacou a ministra durante sua apresentação na abertura do Congresso.
No Ministério da Saúde, estamos enfrentando esses desafios com inovação, para isso, criamos a Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI) para integrar novas tecnologias e promover uma saúde mais inclusiva”, acrescentou Trindade.
Ainda durante sua apresentação, a ministra elencou desafios a serem enfrentados resultando no compromisso do Governo Federal frente às desigualdades sociais, que seguem agravadas por modelos de desenvolvimento excludentes, como, segundo ela, o neoliberalismo.
Na oportunidade, ela destacou o impacto das mudanças climáticas, que afetam desigualmente diferentes populações, aprofundando as vulnerabilidades existentes; a desigualdade no acesso e na produção de ciência, tecnologia e inovação, limitando o avanço de sociedades mais equitativas; profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas por novas tecnologias e mudanças demográficas; e o papel das novas tecnologias de informação e comunicação, que moldam novas formas de sociabilidade e, ao mesmo tempo, trazem desafios à democracia.