Raúl Araújo, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que censurou manifestações políticas no festival Lollapalooza a pedido do PL, derrubou sua própria liminar. Ele acolheu uma representação em que a sigla desistia da ação na noite desta segunda-feira (28). O partido decidiu recuar após ordem de Bolsonaro ao presidente da legenda, Valdemar Costa Netto. O presidente se mostrou irritado com a má repercussão do caso.
O ministro, na decisão, homologa o pedido de desistência e revoga a liminar, que proibia manifestações políticas no festival, sob multa de R$ 50 mil caso um artista se posicionasse contra qualquer candidato ou partido político. Araújo ainda responsabilizou o PL por tentativa de censura.
De acordo com o ministro, sua decisão veio “com base na compreensão de que a organização do evento promovia propaganda política ostensiva estimulando os artistas” a se manifestarem politicamente. Isso, no entanto, não era verdade. Segundo Araújo, “o representante”, ou seja, o PL, disse no pedido de censura que a organização do Lollapalooza “supostamente estaria estimulando a propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea no aludido evento”.