Missão: Senadores bolsonaristas tentarão barrar a CPI da Covid

A base do governo promete partir para o tudo ou nada. Se não puder impedir vai inviabilizar como puder a CPI da Covid. O presidente do senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) espera ler hoje o pedido formal ao plenário. O ator abre o processo de instalação da CPI. Inicialmente, os governistas tentaram retirar assinaturas — não conseguiram. Hoje, devem tentar obstruir a leitura. Na sessão marcada para 16h de hoje, os senadores da base vão apresentar uma série de questionamentos para impedir que Pacheco chegue à leitura. São as obstruções regimentais. Caso o presidente da Casa consiga fazer a leitura, a próxima manobra da bancada bolsonarista será atrasar o quanto puder a indicação de integrantes da CPI e tentará desviar o foco criando outra CPI paralela, para investigar governos estaduais e prefeituras. P

acheco estava segurando o pedido de CPI, que atendia todas as exigências regimentais, mas foi obrigado a desarquivá-lo por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Agora, o próprio STF, que vota hoje a liminar de Barroso, busca uma solução alternativa. Uma corrente na Corte defende que a CPI seja instalada mas só comece a funcionar de fato quando o Senado retomar as atividades presenciais, para o que não há previsão.

Enquanto isso… Atendendo à pressão dos governistas, Pacheco vai consultar Secretaria-Geral da Mesa Diretora para saber se o Senado tem competência para investigar as ações de estados ou se essa atribuição é exclusiva de Assembleias Legislativas. O senador governista Eduardo Girão (Podemos-CE) recolheu assinaturas para abrir uma CPI exclusiva para investigar governadores e prefeitos.

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