O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, morreu nesta terça-feira (11/01), aos 65 anos, após passar mais de duas semanas internado na Itália por complicações derivadas de uma disfunção no sistema imunológico, informou seu porta-voz.
Após contrair uma pneumonia em setembro passado, Sassoli, que era fumante e havia tido leucemia no passado, passou mais de dois meses se recuperando e tinha voltado recentemente à atividade política. Mas em 26 de dezembro foi internado novamente em um hospital italiano por complicações sérias após uma disfunção do sistema imunológico.
O social-democrata, que antes de entrar para a política teve uma longa carreira no jornalismo, foi nomeado presidente do Parlamento Europeu em julho de 2019 e estava na última semana de seu mandato, que acabou sendo dominado pela pandemia de covid-19.
Sassoli conquistou o respeito do parlamento com seu senso de organização, a atenção dada por sua equipe ao trabalho remoto e um sistema remoto de votação. Num sinal de solidariedade durante a pandemia, ele disponibilizou as instalações parlamentares desertas para a preparação de refeições para famílias necessitadas e para a realização de testes de covid-19.
Em dezembro, Sassoli presidiu uma simbólica sessão no Parlamento Europeu que acabaria por ser seu testamento político: a entrega do Prêmio Sakharov, a principal distinção de direitos humanos da União Europeia (UE), para o oposicionista russo Alexei Navalny, representado por sua filha.