O cumprimento das metas do Acordo de Paris para o clima exigirá investimentos de US$ 4 trilhões até 2030. A estimativa faz parte de relatório apresentado na semana passada pela embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças do G20. Desse modo, o debate sobre financiamento privado para a mitigação dos problemas climáticos teve destaque nas reuniões do G20 em Belém, no Pará, com o Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis e a Força-Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
O tema ganha importância à medida que cresce a necessidade de recursos para enfrentar a crise ambiental mundial. O Acordo de Paris foi estabelecido na COP 21, em 2015. E prevê o engajamento dos países em conter o aumento da temperatura global em não mais que 1,5 grau centígrado neste século na comparação com a era pré-industrial (final do século 18). Para isso, o acordo exigiu o comprometimento dos 55 países maiores emissores de gases de efeito estufa. Neste contexto, a participação do setor privado é vista como essencial para preencher essa lacuna e garantir a implementação de tecnologias e infraestruturas sustentáveis.
Em Belém, delegados dos países participantes destacaram essa urgência para o combate às mudanças climáticas e a preparação para a COP 30, programada para ocorrer no ano que vem em na capital paraense.
Durante uma semana foram discutidos temas como governança ambiental, redução das desigualdades, transição energética, financiamento climático e a necessidade de ações coordenadas entre ciência, conhecimento e investimentos.