Mutirão de prevenção do câncer do útero beneficia 80 mulheres do Rio Grande do Norte

Cerca de 80 mulheres participaram do Mutirão de Prevenção do Câncer de Útero, promovido pela Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN), da Rede Ebserh, na última semana. No local, as mulheres participantes tiveram acesso a informações educativas, através das rodas de conversas e realizaram o exame Papanicolau, uma avaliação ginecológica indicada para mulheres sexualmente ativas que ajuda a identificar, entre outras doenças, a infecção do órgão pelo HPV, que é o vírus responsável pelo câncer de colo de útero.

Foram selecionadas mulheres, na faixa etária dos 25 aos 64 anos, dando-se prioridade às que são consideradas grupo de risco: têm de 35 e 49 anos (período prioritário de risco) e as que nunca fizeram a citologia ou não realizavam há mais de três anos, período máximo indicado para o intervalo entre exames. Foi o caso da professora aposentada, residente no município de Santo Antônio do Salto da Onça, interior do Estado, Mariza Alves, que atenda as questões de saúde, veio acompanhada da filha e da irmã para o mutirão. “Acho importante fazer o preventivo, através dele podemos identificar possíveis doenças”, afirma.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas dos cânceres de mama e do colorretal.

Segundo a médica ginecologista da MEJC, Ana Karla Freitas, o câncer de útero, quando diagnosticado precocemente tem 100% de chances de cura. “Se faz necessário que as mulheres procurem realizar o preventivo, nos postos de saúde, próximos a sua residência, assim como é importante a prevenção primária, através da vacinação contra o HPV”, comenta.

Ana Carolina, 25 anos, aproveitou a ação para colocar os exames em dia. Ela que já teve caso de câncer de colo de útero na família, procura fazer o preventivo anualmente. “Aos 22 anos eu tive uma suspeita de câncer de útero e desde então realizo os exames, tive medo, mas não desisti de me cuidar”, relata.

Os exames coletados serão analisados pelos profissionais do departamento de citologia clínica da Faculdade de Farmácia da UFRN e as mulheres, cujos exames apresentarem alterações citológicas, serão encaminhadas para consulta com especialistas na MEJC.